A arte de se cuidar

Quem sou eu? Do que sou capaz? Você já se fez estas perguntas? Se sim, então seja bem vindo ao nosso blog...aqui vamos trocar ideias de autoconceito, de amor próprio e encontrar formas de enfrentar o sofrimento cotidiano...fique à vontade!

A MISSÃO do NAC

A Missão do NAC é:
Desenvolver assessoria, reflexões, oficinas e projetos de cuidado e de formação que promova a integração de pessoas, empresas e comunidades no regaste da missão, dignidade e da cidadania, contribuindo para diminuição da exclusão.





nucleodeaprimoramentoecuidado@gmail.com





terça-feira, 21 de dezembro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO NO AMBIENTE DE TRABALHO


Os acidentes do trabalho não estão relacionados apenas às possíveis lesões físicas do indivíduo no ambiente de trabalho, relacionam-se também aos sofrimentos emocionais ocorridos, muitas vezes, em função do estresse. Na verdade, para a medicina oriental, as dores físicas e emocionais normalmente estão atreladas.
Como doença profissional ou do trabalho, entendemos:
a) Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97;
b) Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que até 2020 a depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo
No mundo, estimam-se que 121 milhões de pessoas sofram com a depressão - 17 milhões delas somente no Brasil; e, segundo dados da OMS, 75% dessas pessoas nunca receberam um tratamento adequado.
A depressão, no ambiente de trabalho, relaciona-se normalmente ao estresse. A tensão emocional e física, sentida com frequência, leva o organismo a um estado de estresse que, como a maioria das enfermidades, não ocorre de repente. O estresse se instala lentamente e quando nos damos conta é mais difícil de reverter o processo.
Os principais sintomas do estresse são: ansiedade, desânimo, angústia, desmotivação, insônia, depressão, tensão muscular, cansaço físico e mental, desinteresse pelas coisas da vida, mau-humor, baixa-estima, falta de vitalidade, irritação, desinteresse sexual, apetite exagerado ou falta de apetite, dificuldade de concentração, perda ou diminuição da memória. A causa do estresse está relacionada ao desequilíbrio ou desarmonia emocional e ou mental.
Caso esses estados mentais e emocionais não sejam regularizados ou amenizados, fazendo com que o organismo retorne ao seu equilíbrio, haverá uma somatização desses sintomas em problemas físicos, como: dores de cabeça, dores musculares, problemas de coluna, gastrite, úlcera, mau funcionamento do intestino, pressão alta ou baixa, baixa resistência imunológica, derrame cerebral, infarto do miocárdio, disfunções sexuais, entre outros.
Neste sentido, alertamos para a importância do autocuidado tanto para o tratamento como para a prevenção desses sintomas. O autocuidado pode ser alcançado de forma individual e / ou coletiva, e os métodos para a prevenção e superação do processo de estresse englobam:
· Autoconhecimento: identificar as fontes de estresse.
· Exercícios de relaxamento, respiração e consciência corporal.
· Meditação, visualizações.
· Atividades físicas: ginástica, esportes.
· Atividades artísticas: artes plásticas, música, dança, teatro.
· Hobbes, lazer.
· Orientação nutricional.
· Terapias em geral.
· Integração filosófica, espiritual ou religiosa.
Fique atento (a) tanto aos seus sintomas, necessidades físicas e emocionais quanto das pessoas que o (a) rodeiam, pois a qualidade de vida não é um luxo, mas uma questão de saúde.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

OFICINA NO SESC DE ARARAQUARA - RESULTADOS!



O NAC realizou, nos dias 28, 29 e 30 de setembro deste ano, uma oficina de AutoCuidado e Qualidade de Vida, no SESC de Araraquara; cada dia de oficina teve duração de três horas. Nesta oficina, trabalhamos três vivências diferentes cujas finalidades foram:
· Resgatar e multiplicar a confiança através do acolhimento e do respeito pelas diferenças.
· Tensões: fazer circular a energia do corpo para identificar qual é a parte do corpo que se encontra tencionada.
· Desbloquear os nossos centros energéticos para prevenir doenças.
Além disso, os participantes puderam vivenciar momentos de partilha e reflexão em grupo e celebrar a vida por meio de danças circulares sagradas.
Obrigada pela participação do grupo e ao SESC pelo apoio!
Alguns depoimentos dos participantes sobre as descobertas feitas ao longo da oficina:
· “Descobri que preciso melhorar os meus relacionamentos, buscando dar e receber, pois só assim nos sentiremos felizes”.
· “Deixar as coisas ruins irem embora, não ficar remoendo a raiva, liberar perdão e receber a cura”.
· “Acredito que as descobertas tanto positivas como negativas, eu já sabia, mas não aceitava. Trabalhar as mesmas. O sentimento de inferioridade (autoestima baixa) se movimentou bastante dentro de mim e nesses dias acredito que tive a oportunidade de trabalhar esse sentimento”.
· “Descobri que estou no caminho certo, que é o equilíbrio ou a busca constante por ele”.
· “Descobri que sou um ser forte e capaz de vencer e lutar contra obstáculos”.
Abraços da equipe!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

NAC PROMOVE OFICINA NO SESC




Essa oficina pretende promover a qualidade de vida a partir de diferentes técnicas corporais e demais trabalhos, como dança circular, entre outras. A relevância da realização deste projeto na comunidade é alertar as pessoas para a importância do autocuidado, que envolve perceber o próprio corpo, perceber suas emoções, dificuldades, superações para a prevenção de doenças, depressões; combater o isolamento, o stress; resgatar a força interior; entre outros. Assim, percebemos de forma eficaz a melhora da autoestima e a melhora da qualidade de vida das pessoas que se propõem a isso.

http://www.sesc-sp.com/sesc/programa_new/versao_impressao.cfm?ATIVIDADE_ID=12&UNIDADE_ID=32

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


O NAC, Núcleo de AutoCuidado, tem como objetivo promover a qualidade de vida por meio do autocuidado. Nossa proposta envolve oficinas práticas realizadas em grupo. O trabalho tem como princípio resgatar a autoestima individual, fortalecer o grupo como rede de apoio e solidariedade, combater o isolamento, amenizar os sintomas do stress, resgatar valores culturais, incentivar e compreender a pluralidade e a diversidade, entre outros.
Temos como eixo norteador a valorização do ser humano de forma respeitosa dentro de sua história de vida e seu contexto, tanto em suas vitórias como em suas falhas; respeitando credos, culturas, etnias, diversidade sexual, etc. Nosso trabalho se volta muito mais para a compreensão do indivíduo enquanto ser social, biológico, psíquico do que para análises e diagnósticos. Não que isso não seja importante, pelo contrário, até incentivamos. No entanto, nosso trabalho segue por outro caminho.
Nós do NAC trabalhamos de forma interdisciplinar e integrada. Este trabalho pode ser resumido em três eixos fundamentais: técnicas corporais, como o Cuidando do Cuidador (bionergética), técnicas de relaxamento, dança circular; formas lúdicas, como dinâmicas de grupo integrativas; a Terapia Comunitária e Terapia de Família, cujos eixos teóricos principais são: teoria da comunicação, resiliência, pensamento sistêmico.
A formação multidisciplinar do grupo proporciona esta abertura. Nossas formações agregam: serviço social, psicologia, letras, terapia de família, técnicas de relaxamento, dinâmicas de grupo, especializações em psicologia organizacional e RH, terapia corporal, entre outras, e têm como eixo comum as formações em Terapia Comunitária e Cuidando do Cuidador.
Ao nosso fazer (prática), agregamos leituras de diferentes vertentes de obras que o grupo elege como parte da bibliografia de estudo. Acreditamos que todas as linhas de análise e demais áreas do saber (cultura, arte, comunicação, antropologia, etc), desde que respeitem o indivíduo e o considerem como parte integrante de seu meio, são válidas para o nosso aprendizado. A fim de compartilhar estes estudos, alguns dos textos lidos são comentados aqui no BLOG. Temos como intuito dialogar com os autores e com o público. Assim esperamos, com a ajuda de vocês, multiplicar a qualidade de vida, o autocuidado e o saber.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos!
Abraços da equipe!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

VIOLÊNCIA NO CORPO E NA MENTE



Violência no corpo e na mente - Diálogo com Wagner Rama.
Este artigo de Wagner Rama compõe o livro, Adolescência pelos caminhos da violência (1998), organizado por Lévisky. O livro é fruto dos trabalhos apresentados no II Encontro Adolescência e Violência: conseqüências da realidade brasileira, realizado em 1996.
Wagner Rama é médico pediatra, psicoterapeuta infantil, pesquisador e docente na área da psicossomática psicanalítica da criança e do adolescente. Seu artigo interessa-nos sobremaneira por trazer a questão do corpo em relação conjunta com a doença orgânica e os processos subjetivos do indivíduo. E mais, como o corpo é violentado até mesmo pelas práticas médicas quando não o encaramos em sua completude (corpo biológico, físico, psíquico, emocional...)
De acordo com o autor, a violência está presente em vários acontecimentos que se dão de forma explícitas e visíveis como, por exemplo, os acidentes, os homicídios, suicídios, brigas, etc; e acontecimentos cujas formas são mais subjetivas, como a violência da discriminação, do preconceito, da exclusão social, chegando até a violência mais sutil, em que inserimos a violência pulsional, expressa por meio dos distúrbios psicossomáticos ou outros transtornos mentais.
Citando Chauí (1982): “existe violência quando um indivíduo ou instituição, através de meios físicos ou psíquicos, impede a manifestação de outro indivíduo na sua singularidade”. Ou seja, a violência é, então, a negação de um sujeito pelo outro, portanto, seria um impedimento ou mesmo uma restrição à manifestação da subjetividade singular de cada sujeito.
Pensando assim, colocamos a violência também num terreno subjetivo, de relações autoritárias e psicossociais, incluindo, principalmente, aspectos políticos e ideológicos, da falta de respeito à diversidade, pluralidade, características fundamentais do ser humano – ou animal humano como quer Wilheim Reich!
A psicossomática psicanalítica tem como conceito fundamental que as somatizações, que podem implicar toda doença orgânica, são vazias de significado na medida em que o significado nos remete ao recalcado, seus substitutos e suas metáforas. Neste sentido, para o autor, o modelo teórico dos mecanismos psíquicos implicados nas neuroses não pode ser transposto para o entendimento dos fenômenos psicossomáticos; por isto, é preciso lançar mão de outros conceitos da metapsicologia, pois não podemos mais deixar de pensar as doenças sem integrá-las no campo da subjetividade e do sujeito.
O modelo biomédico muitas vezes não concebe o indivíduo em sua singularidade, subjetividade e desejos, bem como nega a existência de um inconsciente e sua importância na constituição do sujeito. Com a super especialização da medicina, que privilegia sua sofisticação tecnológica, há um lado bom que é bem vindo; mas há, em contrapartida, uma violência na atividade clínica. Esta violência se refere à negação do indivíduo como um todo; às práticas institucionais com o doente mental; às formas de atendimento ao parto; às crianças hospitalizadas; à falta de compromisso com o aleitamento materno; ou seja, pelo fato de, muitas vezes, ver o ser humano apenas a partir do enfoque biológico: “Não é à toa que hoje vivemos uma verdadeira disseminação de práticas alternativas para a solução de problemas de padecimento humano, para os quais a medicina não tem resposta, não se preocupa ou aborda de forma inadequada, por se fazer cega (ou surda) às questões do sujeito” (RAMA, 1998, p. 66).
Em relação à psicossomática, parece que há um consenso de que o fenômeno psicossomático deve ser separado dos processos neuróticos e psicóticos, colocando a questão do vazio. Isto é, este fenômeno seria uma disfunção do corpo biológico em conseqüência de uma falha na organização pulsional da ordem da falha na inscrição representativa. O aparelho psíquico implica a doença orgânica por não trazer para o terreno das representações as excitações que tem origem no corpo ou no mundo externo. Por isto, o fenômeno psicossomático é resultado de uma falha na inscrição pulsional, colocando-se no limite do impensável, no limite do mental com o somático. Neste sentido, um paciente propenso a somatizar possui estruturas congeladas, esvaziadas de substância e de significação.
De acordo com o autor, a escola francesa de psicossomática associa as somatizações com a depressão essencial e com a neurose de comportamento; senda esta última caracterizada pela pobreza representativa, pela agressividade, impulsividade, ligação ao real e ao atual, ausência de sonhos, lapsos e atos falhos.
A questão da somatização é tão séria que pode ser equiparada, pelo fato de existir uma estrutura comum ou semelhante entre eles, às drogadições, aos comportamentos de risco, à neurose de comportamento, havendo casos de concomitância ou alternância entre essas formações patológicas.
Tais estruturas se assemelham inclusive em relação à origem, “a origem das estruturas com tendências às somatizações (e outras correlatas) estão nos traumas ocorridos nos dois primeiros anos de vida e nas características das relações objetais nestas etapas primitivas” (RAMA, 1998, p. 68).
A tendência à somatização está relacionada à insuficiência nos processos de organização pulsional e aponta três tipos básicos de desarmonia nas relações objetais, que se relacionam às seguintes tendências:
1. Caracterização pela privação. O filho de mãe depressiva, ausente ou deslibidinizada. Grande parte dos casos brasileiros.
2. Caracterização pela instabilidade e inconstância. O filho de mãe impulsiva, agressiva, que vivencia a violência nas relações parentais.
3. Caracterização da mãe que é só presença. O filho não vivencia a ausência ou a falta. A função paterna é ausente e não se organiza a castração.
Além disso, a psicossomática aponta a questão do trauma real como desencadeador de angústia e desafia a estrutura do sujeito, que no caso do somatizador tenderia a deslocar para o somático a pressão pulsional.
Nosso contexto coopera para isto tudo na medida em que há uma proliferação de uma estética marcada pela excitação da violência; na produção científica, um domínio dos métodos cartesianos; etc. Na maioria das esferas da vida e do conhecimento humano, vivemos a hegemonia da ação sobre a reflexão, e a velocidade das satisfações eliminou a vivência da falta. O resultado disto é um empobrecimento da subjetividade imaginária.
Lógico que a desigualdade social e econômica é um pano de fundo muito perverso para este contexto, desembocando em duas realidades perniciosas: a daqueles que tudo têm e a daqueles que nada têm. Os meios de comunicação mostram um mundo onde se tem tudo e na realidade o sujeito não tem nada.
Nas palavras do autor: “Defendo o ponto de vista de que os extremos se tocam, assim os filhos da carência e os filhos da abastança, no que diz respeito à violência são muito semelhantes [...] as coisas fundamentais devem ser apenas suficientemente boas, pois a ausência e a falta vivenciadas em grau suficiente estão na base de uma organização psíquica com boas possibilidades de adaptações às inevitáveis dificuldades da vida, para as quais a criatividade humana ainda é a melhor alternativa contra a violência” (p. 73).
E com esta indicação, encerramos nosso breve diálogo com o Professor: como trazer a criatividade para nossa vida sem que ela fique apenas como um conceito abstrato? Como evitar as somatizações? Como reconhecer a violência e combatê-la? A violência que às vezes é sutil ou aquela que estamos acostumados e nem mais a percebemos como tal.
Acreditamos que essa reflexão não pode nunca se limitar a este texto!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

OS PILARES DE NOSSO TRABALHO: CUIDANDO DO CUIDADOR, TERAPIA COMUNITÁRIA, TÉCNICAS DE RELAXAMENTO E DANÇA CIRCULAR


Cuidando do Cuidador:
Segundo Adalberto Barreto, criador, as técnicas sugeridas para trabalhar com o resgate da autoestima foram inspiradas em conceitos e técnicas da medicina oriental, adaptados à nossa realidade cultural. Essas técnicas vêm permitindo às pessoas:
· Compreender que toda exclusão é auto-exclusão, todo abandono é auto-abandono (co-responsabilidade);
· Estar mais atento (ser mais consciente);
· Estimular o crescimento e a transformação não só do ponto de vista individual como o de grupos sociais;
· Confirmar que é a parte sadia que fica ao redor da ferida que vai ajudar na cicatrização. (BARRETO, p.15).

Esses resultados são alcançados porque as técnicas utilizadas proporcionam o autoconhecimento e a partilha comunitária das descobertas de cada um, fazendo com que o grupo reflita junto. Assim, o participante faz seu diagnóstico, seu tratamento e aprende com o grupo. Essa proposta é diferente do modelo biomédico, baseado na carência e deficiência do outro que o procura, rompe com o “não-diálogo”, qualificado pelo mutismo e pela passividade. O modelo biomédico está baseado numa hierarquia de valores que determina que existam aqueles que sabem e por isso devem ser sempre “os donos da palavra”. O arsenal quimioterápico não deve ser a única arma na luta contra os efeitos de um contexto de desagregação e mutilação de indivíduos. O modelo biomédico é capaz de intervir com muita competência no corpo biológico, no entanto, tem se mostrado insuficiente para explicar a complexidade das inter-relações que o ser humano mantém em seu ambiente. Por isso que é preciso procurar outras formas que sejam também capazes de agregar as múltiplas interações sociais que as pessoas estabelecem com seu meio social.
As técnicas propostas têm como objetivos trabalhar:
· Tensões: fazer circular a energia do corpo para identificar qual é a parte do corpo que se encontra tencionada. Lembrando que cada membro ou órgão tem uma representação. A dor em determinada região do corpo pode ser o sinalizador de uma dificuldade na vida que ainda não identifiquei.
· Esvaziar as preocupações da “cabeça”. Muitas vezes, a nossa mente se fixa num problema, levando-nos a insônia, cansaço, irritação, dores de cabeça, etc.
· Conhecer e desbloquear os nossos centros energéticos para prevenir doenças futuras.
· Aprender a controlar a agressividade, transformando-a numa força criativa, em harmonia.
· Trabalhar os lados masculinos e femininos de cada um a fim de equilibrá-los.
· Resgatar e multiplicar a confiança através do acolhimento e do respeito pelas diferenças.
· Perceber as formas de convivência por meio do olhar crítico e do olhar amoroso; percebendo que eu só posso conhecer no outro aquilo que reconheço em mim.


Terapia Comunitária:

(BARRETO, Adalberto de Paula. Terapia Comunitária passo a passo/Fortaleza: Gráfica LCR, 2005).
A terapia comunitária é um espaço onde se procura partilhar experiências de vida e sabedorias de forma horizontal e circular. Cada um torna-se terapeuta de si mesmo, a partir da escuta das histórias de vida que ali são relatadas. Todos se tornam co-responsáveis na busca de soluções e superação de desafios do cotidiano, em um ambiente acolhedor e caloroso.
Os objetivos da terapia comunitária são:
Reforçar a auto-estima individual e coletiva.
Valorizar o papel da família e da rede de relações que ela estabelece com seu meio.
Suscitar em cada pessoa, família e grupo social, seu sentimento de união e identificação com valores culturais.
Favorecer o desenvolvimento comunitário, prevenindo e combatendo as situações de desintegração dos indivíduos e das famílias através da restauração e fortalecimento dos laços sociais.
Promover e valorizar as instituições e práticas culturais tradicionais que são detentoras do “saber fazer” e guardiãs da identidade cultural.
Tornar possível a comunicação entre as diferentes formas do saber popular e saber científico.
Estimular a participação como requisito fundamental para dinamizar as relações sociais, promovendo a conscientização e estimulando o grupo, através do diálogo e da reflexão, a tomar iniciativas e ser agente de sua própria transformação.
Combater o stress e a depressão.


Técnicas de Relaxamento:

É comprovado que os benefícios das técnicas de relaxamento podem:
· Reduzir a ansiedade.
· Conservar a energia.
· Aumentar o auto-controle ao lidar com situações estressantes;
· Ajudar a reconhecer a diferença entre músculos tensos e relaxados;
· Ajudar a manter o indivíduo em alerta, energético e produtivo.
A respiração consciente pode:
· Aliviar dores causadas por tensão exagerada localizada em certos grupos musculares.
· Diminuir o ritmo respiratório e da pulsação até níveis compatíveis com estados de tranquilidade e bem estar;
· Reduzir a pressão sanguínea;
· Restabelecer a circulação sanguínea em áreas desprivilegiadas e que geram a falta de alimentação adequada para as células da região.
A auto-massagem pode:
· Aliviar a dor das mãos;
· Aliviar a dor nos braços;
· Aliviar a tensão entre os ombros e o pescoço;
· Aliviar a dor lombar;
· Aliviar a dor no quadril;
· Aliviar a dor no pescoço;
· Aliviar a enxaqueca;
· Ajudar a combater a hipertensão;


Dança Circular:

“...Em 1976 o coreógrafo alemão Bernhard Wosien visitou a comunidade de Findhorn, na Escócia e, a pedido de Peter Caddy, um dos fundadores da Comunidade, ensinou pela primeira vez uma coletânea de Danças Folclóricas para os residentes, Bernhard Wosien já tinha passado dos 60 anos e, há algum tempo, andava procurando uma forma corporal mais orgânica de expressar seus sentimentos. Vivenciou alegria, amizade e amor – tanto para consigo mesmo como para com os outros – e passou a coletar as danças folclóricas pela Europa.” (trecho extraído do livro Danças Circulares Sagradas – Uma proposta de educação e cura , editora Triom, 2ª edição, São Paulo – SP).
De 1976 aos dias de hoje, centenas de danças foram incorporadas a este enredo e pelo mundo afora encontramos muitos apaixonados por esta dança.
Eu, sem dúvidas, sou uma delas, ela não apenas promove o calor e ativa a circulação, mas é uma dança integrativa, com possibilidades (qualquer um dança, é inclusiva!) , traz o equilíbrio entre a liberdade e a ligação, e ainda promove a alegria do “estar junto” comunitário. Como se já não fossem muitos os benefícios, a viagem cultural é fantástica, em apenas 30 minutos é possível viajar por todos os continentes do planeta, seja no passado ou no presente...
Este é um dos pilares do que o NAC oferece, venha conhecer, participe de uma oficina!! Esperamos por você!


terça-feira, 27 de julho de 2010

ENSAIO SOBRE O CIÚME


Prestes a se mudar de sua cidade natal por causa de um bom emprego, um homem aborta seus planos em função de uma viagem ao exterior oferecida por seus pais prestimosos. Um marido zeloso poupa sua esposa de qualquer “tarefa”, tornando-a sua dependente. Uma esposa sente muita raiva do sucesso do marido. Dois irmãos vivem em “pé de guerra”, disputando a atenção dos pais. Um namorado vigia constantemente a namorada e tem sonhos frequentes de que ela o está traindo. Uma namorada provoca / estimula o ciúme do namorado numa tentativa de mantê-lo exatamente por esse sentimento como se isto fosse uma prova de amor. Uma profissional competente coloca seu cargo numa empresa em risco porque cria confusões e intrigas entre colegas com medo de que algum deles tome seu cargo. Duas grandes amigas põem seu relacionamento à prova quando uma delas começa a namorar.
Histórias como essas são muito comuns e têm como motor principal o ciúme. O ciúme, tido como algo normal nas relações humanas, é constantemente fator de stress, brigas, culpabilizações, etc., causando uma má qualidade de vida. Alertamos desde já: o ciúme deve ser, na medida do possível, tratado!
Uma das obras de estudo do NAC é o livro de Wimer Bottura, Ciúme: entre o amor e a loucura (2003). O livro de Bottura tem uma linguagem fácil e traz exemplos muito ricos de como o ciúme se manifesta nas diferentes esferas da vida afetiva, familiar, profissional. E, principalmente, alerta-nos para a gravidade do assunto, o ciúme é um elemento pernicioso e destrutivo que não deve ser aceito como algo natural nas relações humanas.
De acordo com Bottura, nós temos uma educação e uma cultura baseada no ciúme, por isso, estes tipos de manifestações são relativamente aceitos como algo de nosso cotidiano, como demonstração de amor e apreço. Mas isso não é verdade e a atitude mais coerente é nos perguntarmos os porquês do ciúme para que não mais nos machuquemos e também não machuquemos as pessoas ao nosso redor. Nas palavras de Bottura: “Nesses últimos vinte anos, principalmente pela vivência profissional, pude comprovar que um dos maiores sofrimentos humanos é causado pelo ciúme (2003, p. 15)”; “O ciúme funciona como um remédio que faz mais mal do que a própria doença a ser curada” (2003, p.16).
Mas, o que é de fato o ciúme? Será mesmo que o ciúme é uma manifestação do amor? Nos dicionários de língua portuguesa, inglesa, alemã e francesa, o ciúme tem como sinônimos, de forma geral, os termos: inveja, competição, ambição, rivalidade, zelo, cólera, etc. Segundo Bottura, o ciúme é um sentimento espectro da emoção medo, que pode se misturar às características da raiva (como diz Adalberto Barreto “onde tem medo tem raiva e vice-versa”). Pois, se o medo perdura, o organismo irá associá-lo à raiva e se encarregará da defesa do indivíduo. E se a raiva não resultar na solução da ameaça, aparecerão comportamentos mais bem elaborados e aí um castelo de ciúme será construído, bem mais difícil de ser resolvido e mesmo decodificado.
O ciúme pode se manifestar nas diversas formas de controle sobre o outro; pode se manifestar também na tentativa de causar ciúme no outro, como forma de tentar amarrar o parceiro pelo ciúme. Às vezes, manifesta-se em maridos com comportamentos alterados em relação à esposa depois do nascimento do primeiro filho. Mesmo em esposas que não suportam ver o sucesso de seus maridos e vice-versa. Entre mães e filhas quando ocorre competição entre elas. Entre irmãos que disputam a atenção dos pais, tornando-se pessoas possessivas e dependentes.
Mas o ciúme pode também estar disfarçado de “boas intenções”, que, na verdade, geram dependência e culpa nos envolvidos e escondem um medo terrível do abandono. Por exemplo, muitas vezes, por trás das atitudes de um marido super prestativo, bem intencionado, que advinha todos os desejos da esposa, há um homem que teme a independência da mulher. Muitas vezes, a mãe devotada e superprotetora pode usar suas boas intenções para manipular seus filhos.
Assim, por mais prejudicial que seja, o ciúme aparece em nossas relações cotidianas e muitas vezes o aceitamos como algo próprio da natureza humana. Mas, Wimer Bottura alerta, as manifestações de ciúme em pessoas adultas raramente são normais: “Quando comecei a pesquisar sobre o tema, acreditava na existência de um ciúme normal, e no meu primeiro livro – Filhos Saudáveis – cheguei a falar de certa naturalidade deste sentimento. Hoje, no entanto, diante de um conhecimento mais amplo a respeito do assunto e de sua gravidade, sou forçado a admitir que raramente as manifestações de ciúme são normais nas pessoas adultas”. (2003, p.32).
Claro que, em crianças, o assunto muda um pouco de foco. Por exemplo, um bebê recém-nascido desconhece a realidade objetiva e é desprovido de intencionalidades, principalmente de se voltar contra alguém. Ele pensa apenas em assegurar sua sobrevivência. A mesma coisa pode acontecer em relação ao ciúme entre irmãos. Dependendo da diferença de idade entre eles, não podemos considerar o ciúme do mais velho como algo doentio, pois ele ainda não dispõe de recursos cognitivos para a diferenciação das atitudes do irmão mais novo.
No entanto, quando o irmão mais velho apresenta uma diferença de idade significativa em relação ao mais novo ou já apresenta uma personalidade estruturada (por volta dos oito anos), a existência do ciúme poderá evidenciar alguma alteração na estrutura familiar. E, nesse caso, são os adultos que sinalizam de forma errônea a realidade ou seus próprios sentimentos – às vezes, demonstrando de fato a preferência pelo filho mais novo.
De acordo com Bottura, o ciúme, a não ser na criança, tem muita possibilidade de ser uma manifestação de doença. Às vezes, pode não ser a própria doença, mas provavelmente será um sintoma.
O que é normal é o medo da perda perante a possibilidade de uma perda afetiva. Lógico que as pessoas se sentem inseguras com as perdas e demonstrem seu medo por isso. O problema começa quando a expressão desse medo não é valorizada pelo outro.
A falta de respostas, apoio ou esclarecimentos de dúvidas num relacionamento contribuem para que se alimentem sentimentos destrutivos, como rivalidade, inveja, competição, rancor, vingança, etc. Se uma pessoa, por algum motivo, demonstra o medo de ser excluída da vida de alguém e não encontra compreensão ou amparo em relação ao que está sentindo, num momento posterior, sem respostas, ela passará a agir com um comportamento típico de ciumento, perdendo toda sua espontaneidade.
O ciumento age conforme sua própria insegurança e começa a desconfiar, manipular, jogar uns contra outros, reprimir o comportamento do outro, fazer ameaças e assim por diante. E é por isso que tais comportamentos, fundamentados no ciúme, não devem ser aceitos como normais: “Podemos dizer que o ciúme é freqüente, porém não é normal!” (BOTTURA, 2003, p.33).
A anormalidade é determinada, muitas vezes, pela falta de estímulos objetivos para isso. Ou seja, da relação pais e filhos até a relação entre irmãos, casais e amigos, observamos que o ciumento parte de distorções de interpretação da realidade para fortalecer e justificar seu raciocínio e dar continuidade as suas atitudes de ciúme.
A pessoa enciumada acredita que é proprietária do outro; crê que o outro tem a obrigação de incluí-la e todas as situações de sua vida, mesmo porque pensa que, na primeira oportunidade, será excluída dessa relação.
O ciumento distorce tanto a realidade, confia tanto em suas fantasias, que termina por criar uma série de comportamentos que comprovem diariamente para ele mesmo que está sendo jogado para fora de um relacionamento.
De forma nenhuma, queremos condenar a pessoa que sente ciúme, mas alertá-la para os possíveis boicotes que faz em sua própria vida; alertá-la para a importância de olhar para esse ciúme procurando suas origens e possíveis soluções. Nesse sentido, alertamos para a importância do autoconhecimento e consequentemente do autocuidado, que podem ocorrer de diversas formas (terapias, relaxamentos, conversas sinceras com as pessoas envolvidas, etc). Quando convivemos com as pessoas, é nossa responsabilidade termos, na medida do possível, noção das consequências de nossas atitudes.
E você, já sofreu com o ciúme de alguém? Sofre por ter ciúme de alguém? Como você lida ou lidou com a situação?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

OS SEIS PILARES DA AUTOESTIMA


De acordo com Branden (1995), a boa autoestima está baseada em seis pilares fundamentais:
• 1º pilar: VIVER CONSCIENTEMENTE.
– Reconhecer minhas motivações conscientes e inconscientes.
• 2º pilar: AUTOACEITAÇÃO.
– Reconhecer meu próprio valor e aceitar meus sentimentos.
• 3º pilar: AUTORRESPONSABILIDADE.
– Reconhecer que sou responsável por minhas escolhas e por meus atos.
• 4º pilar: AUTOAFIRMAÇÃO.
– Reconhecer que meus sentimentos, pensamentos e ações são importantes.
• 5º pilar: INTENCIONALIDADE.
– Reconhecer o que eu quero da minha vida e o que estou fazendo para conseguir.
• 6º pilar: INTEGRIDADE PESSOAL.
– Devo honrar meus compromissos.
• Admitir quando falho;
• Entender o porquê de minhas ações;
• Reparar danos causados.
• Comprometer-me em agir diferente.
• AUTOESTIMA É SAÚDE:
– DENSENVOLVER A AUTOESTIMA É DESENVOLVER NOSSA CAPACIDADE PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DA VIDA COM MAIS CONFIANÇA E OTIMISMO!
– A AUTOESTIMA É COMO O SISTEMA IMUNOLÓGICO DA CONSCIÊNCIA!

terça-feira, 6 de julho de 2010

PALESTRA DO NAC NO CEPROESC-SIPAT



O NAC acredita que o autoconhecimento é o primeiro passo na resolução de um problema na vida. É preciso ter consciência de suas ações, pensamentos e sentimentos, identificando onde e como está sendo prejudicado e prejudicando aqueles que estão ao seu redor.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

VOCÊ SABE O QUE É AUTOESTIMA?


De acordo com Brandem (1992), a auto-estima agrega dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outros termos, a auto-estima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito.
Ter uma auto-estima elevada é sentir-se confiante e adequado em relação à vida, isto é, sentir-se competente e merecedor. Ter uma auto-estima baixa é sentir-se inadequado à vida, “errado como pessoa”. Ter uma auto-estima média é “flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento – às vezes agindo com sabedoria, às vezes como um tolo – reforçando, portanto, a incerteza.” (BRANDEM, 1992, p. 10). A auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; é o que eu penso e sinto sobre mim e não o que o outro sente e pensa a meu respeito.
Na verdade, os dramas de nossa vida estão relacionados às visões mais íntimas que temos de nós mesmos. Não é por acaso que a auto-estima tem que ver com o sucesso e com o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e aos outros.

Quando crianças, nossa autoconfiança e nosso auto-respeito podem ser fortalecidos ou destruídos pelos adultos. No entanto, estamos longe de ser meros receptáculos da visão que outras pessoas têm sobre nós. De qualquer forma, independente de qual tenha sido nossa educação, quando adultos, podemos assumir o controle da situação.
A verdadeira auto-estima não se expressa pela arrogância ou mesmo pela auto-glorificação à custa dos demais. Não tem nada que ver com competição ou comparação. A superestima de nossas capacidades reflete uma auto-estima inadequada e não o excesso de auto-estima.
Neste sentido, desenvolver a auto-estima é perceber que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, por isso, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo; elementos estes que nos ajudam a atingir nossas metas e a nos sentirmos plenos e realizados: “desenvolver nossa auto-estima é expandir nossa capacidade de ser feliz” (BRANDEM, 1992, p.11).
Pois, quanto maior a nossa auto-estima mais bem equipados estaremos para lidar com os problemas da vida; maior a probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho e em nossas relações. Quanto maior a nossa auto-estima, maior a chance de mantermos relações saudáveis, afinal, o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo.
Quanto maior nossa auto-estima, mais alegre estaremos com o fato de simplesmente ser, de viver em nossa própria pele.
A auto-estima positiva pode ser entendida tal qual uma conquista espiritual, ou melhor, como um ganho na evolução de nossa consciência.
Mas o que podemos fazer para acreditar e confiar em nós mesmos? Para nos sentirmos mais confiantes a respeito de quem somos? Como podemos romper o ciclo de comportamentos autodestrutivos gerados por uma auto-estima negativa?
Você já passou por alguma experiência desse tipo? Gostaria de compartilhar?
Abraços!

terça-feira, 8 de junho de 2010

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